ARTIGO FILOSOFICO
INDICE
1 o ensino de filosofia como experiência filosófica
2 a filosofia como procura da verdade
3 o que o verdadeiro filosofo quer de seus discípulos
4 as fronteiras do conhecimento
5 competências e habilidades para serem desenvolvidas em filosofia
6filosofia educação e ludicidade uma nova abordagem acerca do ensino de filosofia
7 conclusão
8referencias
Tema :como tornar o ensino de filosofia mais prazeroso
Resumo:esse artigo tem como meta abordar questões referentes ao ensino de filosofia no ensino médio com objetivo de colocar a idéia daquilo que seja a reflexão filosófica na tentativa de apontar melhores soluções para a pratica de ensino dessa disciplina ,como esse pode ser melhorado tornando seu desenvolvimento mais prazeroso para que possa haver motivação tanto da parte dos que ensinam quanto da parte dos que aprendem a arte do filosofar
Palavras chave:filosofia,educação,experiência filosófica,professor,aluno,pensamento autônomo,futuro da educação
1 INTRODUÇAO
O papel da filosofia nas escolas era,ate então,restrito por não existir uma lei que legitimasse a sua atuação nelas,e alem desse detalhe,em decorrência de fatos anteriormente ocorridos no pais(como o regime ditatorial por exemplo)essa disciplina teve seu papel praticamente anulado da realidade escolar,sendo,inclusive, substituída por outras disciplinas (como educação moral e cívica)para que não fosse efetivado o seu lecionamento.
Recentemente a filosofia ganhou seu lugar como disciplina obrigatória nos currículos escolares,o que teoricamente lhe possibilita seu aprimoramento e desenvolvimento,mais diretamente a pergunta é;Como dar aulas de filosofia para esses jovens e,alem disso fazer dessas um momento prazeroso?Como tentativa de solução desse questionamento esse artigo mostrara diversas vertentes nas quais os professores poderiam trabalhar para dar mais sustentabilidade e divertimento a seus alunos,
1 O ENSINO DE FILOSOFIA COMO EXPERIENCIA FILOSOFICA
O que é filosofia?mais do que nunca isso constitui um problema filosófico,pois há quem acredite que só é ‘‘possível o filosofar’’ ,porém,essa idéia kantiana deve ser vista como possibilidade e não como regra,ou seja não se deve restringir a idéia do ensino de filosofia.
‘‘filosofia é processo e produto ao mesmo tempo,só se pode filosofar pela historia da filosofia e só se faz historia filosófica da filosofia que não é mera reprodução’’(GALLO,Silvio p.198),ou seja,só se aprende a filosofar quando se aprende a filosofia d modo critico,devemos aprender a pensar por nós mesmos,eis o que queria dizer Kant com tal afirmação.
Hegel ainda afirmava que quando se conhece o conteúdo de filosofia não se apenas se esta aprendendo a filosofar mas que já esta filosofando propriamente,em suma,não se pode ensinar a filosofar sem se ensinar filosofia,mas qual a meta da filosofia?Devemos buscar a resposta em sua essência primeira.
2ª FILOSOFIA COMO PROCURA DA VERDADE
A filosofia par Karl Jaspers é a busca do saber e não a sua posse,ou seja,devemos ter em vista que os professores alem de educadores são também aprendizes,assim como seus alunos,portanto,todo aquele que educa não deve se considerar o detentor do conhecimento,não deve se achar o ‘‘sabe tudo’’ele deve ter em vista que o movimento é o gerador do conhecimento que por vez não se mantém cristalizado,evoluindo com o pensamento e a renovação constante das idéias,a própria caminhada da vida é uma eterna busca onde o conhecimento não e absoluto e as idéias são peregrinas.
Vê-se assim que a verdade não é propriedade humana ,é,na realidade,a falta de um conhecimento absoluto o que gera a abertura para a tentativa de compreensão do real,para a amplitude da diversidade expandindo-se e materializando-se.o professor de filosofia então deve ser aquele que direcionará de forma prazerosa e significativa seus alunos para a busca do conhecimento.
3 O QUE O VERDADEIRO FILOSOFO QUER DE SEUS DISCIPULOS
‘‘Paga-se mal a um mestre quando continuamos dele sempre a ser apenas aluno e porque não quereis arrancar de mim a coroa?[,,,]agora eu os ordeno que me percais e encontrardes a vos mesmos e somente quando ao todo me tiverdes renegado retornarei para vos’’(NIETZCHE,Friederich p,375)
Querer perder-se a si mesmo para depois reencontrar-se,pensar por si mesmo,associar conhecimentos adquirir autonomia no pensar sobre a própria idéia de pensamento no próprio pensamento desenvolvendo assim a sua capacidade de reflexão e é exatamente esse o papel do professor de filosofia; fazer com que esses o percam e encontrem-se a si mesmos ,pois só quando o aluno renegar seu mestre é que esse ultimo voltara a ter- se com o primeiro ‘‘passando a amá-lo com outro amor’’ pois todo bom mestre deseja ser superado.
Assim vemos em Nietzsche a idéia do pensar autônomo,a reprodução da idéia da frase que Sócrates adotara para si ‘‘ conhece-te a ti mesmo’’,mas também
Vemos paradoxalmente a idéia do ‘‘perder-se a si mesmo’’pois somente quando nos perdemos e passamos a reconhecer nossas próprias limitações.é que nos libertamos pois não estamos mais presos a convicções nos tornando assim abertos para o filosofar.
4 AS FRONTEIRAS DO CONHECIMENTO
‘‘Todo conhecimento comporta o risco do erro e da ilusão ‘’(MORIN,Edgar p.19),é assim que se inicia o primeiro capitulo da obra de Edgar Morin Os sete saberes necessários para a educação do futuro,onde ele destrinchará toda essa tese no decorrer de seu discurso,sendo assim dirá ele que a educação deve mostrar que não há nenhum conhecimento que não esteja em algum grau ameaçado pelo erro e pela ilusão,portanto o problema central é:omo trabalhar esse conhecimento sujeito a erros?
Diz Morin
‘‘Esse conhecimento ao mesmo tempo tradução e reconstrução comporta a interpretação o que introduz o erro na subjetividade do conhecedor,de sua visão de mundo e dos seus princípios de conhecimento’’.Vê-se ai o sujeito não como aquele que apenas traduz conhecimento,mas também como aquele que o reconstrói cerebralmente com base em estímulos advindos dos sentidos corporais nossa abertura para o mundo exterior a nós,portanto, observa-se assim que o que da valor ao objeto o seu caráter objetivo .É justamente essa construção feita por esse sujeito epistêmico que tenta conhecer e ao mesmo tempo produzir conhecimentos novos, é no processo mesmo de cognoscência que está comportado,necessariamente,o risco do erro e da ilusão.
‘‘As possibilidades de erro e da ilusão são múltiplas e permanentes aquelas oriundas do exterior cultural e social inibem a autonomia da mente e impedem a busca da verdade,aquelas vindas do exterior,encerradas as vezes no seio de nosso melhores meios de conhecimento fazem com que as mentes se equivoquem de si próprias e sobre si mesmas’’(idem p.32-33).
É o ‘‘calcanhar de Aquiles do conhecimento’’,é esse engano mental o qual todos nós estamos sujeitos ,tanto por conta dos meios externos (diferença cultural,social),quanto pelo nosso próprio pensar considerado ‘‘autônomo’’,autonomia essa que não existe totalmente,pois que nenhum sujeito forma-se a ai mesmo sem auxilio de outrem e da interação com o meio em que vive para que assim esse desenvolva a sua intersubjetividade o que torna essa realidade extremamente paradoxal e contraditória em si mesma.
Portanto,tem-se assim que o conhecimento não possui fronteiras nós que querendo ou não a criamos por conta de nossas limitações naturais por conta das razões acima expostas.nas palavras de Karl Marx ;‘‘Conclamar as pessoas a acabarem com as ilusões acerca de uma situação é conclamá-las a acabarem com uma situação que precisa de ilusões’’
5COMPETENCIAS E HABILIDADES PARA SE DESENVOLVER FILOSOFIA
Para desenvolver competências é preciso,antes de tudo,trabalhar por problemas e projetos,propor tarefas complexas e desafios que incitem os alunos a mobilizar seus conhecimentos e, em certa medida, completá-los. Isso pressupõe uma pedagogia ativa, cooperativa, aberta para a cidade ou para o bairro. Seja na zona urbana ou rural.Os professores devem parar de pensar que dar aulas é o ceme da profissão.Ensinar, hoje. deveria consistir em conceder, encaixar e regular situações de aprendizagem seguindo os princípios pedagógicos ativos e construtivistas. Para os professores adeptos de uma visão construtivistas e internacionalistas de aprendizagem trabalhar no desenvolvimento de competências não é uma ruptura. (PERRENOUD,2000)
Atualmente,mais importante do que o conteúdo são as competências a serem desenvolvidas pois elas são as que norteiam o foco de apresentação da disciplina em questão.
O desenvolvimento das competências em filosofia estão aqui resumidos em tópicos;
.> Representação e comunicação
a)ler textos filosóficos de modo significativo
b)ler de modo filosófico textos de diferentes estruturas
c)elaborar por escrito o que foi apropriado de modo reflexivo
d)debater idéias na sala de aula para desenvolver a argumentação
>Investigação e compreensão
a)articular conhecimentos filosóficos e diferentes conteúdos e modos discursivos nas ciências naturais e humanas nas artes e em outras produções culturais
>Contextualização sócio-cultural
a)contextualizar conhecimentos filosóficos tanto no plano de sua abordagem especifica quanto em outros planos,o pessoal bibliográfico o entorno sócio-político,histórico e cultural;o horizonte da sociedade cientifica e tecnológica.
6FILOSOFIA E EDUCAÇAO;UMA NOVA ABORDAGEM ACERCA DO ENSINO DE FILOSOFIA
Um dos maiores problemas que os professores e alunos enfrentam em seu quotidiano é a forma de como se trabalhar em sala de aula um conteúdo aparentemente complexo e,ao mesmo tempo,sentir prazer em ensiná-lo e aprende-lo.
Tentaremos aqui reproduzir a idéia da inovação,a idéia de uma educação voltada para o aprendizado lúdico,ou seja,o jogar,
Temos então teóricos como Viola Spolin que tentam exatamente firmar essas idéias em um método de divertimento,através dos jogos teatrais onde o professor passa a ter o papel de facilitador da aprendizagem.
O mais importante disso tudo é;a representação teatral deve ter como objetivo o aprendizado visando também o autoconhecimento e o aumento da criticidade encima dosa problemas que vivenciamos em todos os âmbitos de nossa existência.Vemos aqui que o lúdico pode proporcionar alem de diversão,conhecimento.podemos então com isso pegar a realidade entende-la e transformá-la pode ser uma das múltiplas formas de se trabalhar filosofia,vejamos o que diz o criador da peça didática Brecht ‘‘[...]sagrada cerimonial.ritual[,,,]espectadores e atores não devem aproximar-se mas sim estranhar-se de si mesmos,do contrario não ocorre o espanto,necessário ao re-conhecimento’’(BRECHT p.30)
Vemos aqui a própria gênese e a essência do filosofar,que se origina da admiração e do espanto (pathos)portanto,o espanto é por exelencia uma atitude primordial para se obter o re-conhecimento nas, palavras de Brecht,portanto todos temos que professores e alunos, atores espectadores de seu jogo tenderão estranha-se,anteriormente colocado nesse artigo em expressão Nietzcheana de “perde-se a si mesmo”, de não aceitar a primeira impressão,d investigar para conhecer,para reconhecer
7CONCUSAO
Concluímos ressaltando que temos como objetivo mostrar,clarificar idéias de professores e alunos para melhor trabalharem seus conteúdos filosóficos de maneira sadia e divertida,como diria o filosofo e dramaturgo Schiller ‘‘só se é verdadeiramente homem quando se joga,ou seja,só somos humanos quando nos voltamos para nós mesmos e nos perdemos para nos encontrarmos novamente ousaríamos pessoalmente em dizer que a própria vida eé um jogo ,não significando com isso dizer que a vida não deve ser levada a serio,mas que devemos aproveitar ao Maximo o prazr que essa nos proporciona,tendo sempre em vista as nossas limitações pois que para ser bem conduzida a vida precisa de regras pois todo jogar necessita das mesmas para uma melhor organização.
Enfim.filosoficamente falando não devemos apenas limitar a vida ao mero existir,devemos buscar ser mais,ir em direcionados para alem de nos mesmos dando razão para o nosso existir e ai a filosofia tem sua atuação para nos auxiliar na re-flexão(olhar para trás do grego reflectere)olhar para trás e direcionar o futuro,a educação do futuro.
REFERENCIAS
GLLO Silva “A especificidade do ensino de
filosofia” em torno dos conceitos IN piovision americo et Al filosofia ensino e debate
Nietzsche,Friederich,obras incompletas,são pulo,abril,1974 p 375(os pensadores,32)
MORIN,Edigar os sete saberes necessários para a educação do futuro
DORMIEN,Roudela (org) um vôo Brechtiano teoria e pratica da peça didática Ed Pespectiva
domingo, 7 de dezembro de 2008
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