segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Resumo da primeira parte de etica de Spnosa

INTRODUÇAO


Baruch de Spinoza (1632-1677) veio a nascer em Amsterdam,no mesmo ano do nascimento de Loke e a falecer em Haia,viveu dentro da chamada idade de ouro da Holanda,era de grandeza econômico-politico–cultural, mas também época de guerras,as províncias unidas dos países baixos(Bélgica e Holanda),rebelaram-se contra o domínio espanhol.
Nesse contexto Spinoza desenvolve seu pensamento, acerca do conhecimento, da natureza de Deus(substancia),da relação corpo-mente,além de trabalhar temas como vontade e liberdade,o bem o mal e o belo,religião,educação e política.
Extremamente criticado, chegou a ser excomungado pela comunidade judaica por proferir seus pensamentos, suas obras foram anexadas ao index por serem consideradas contra a religião do estado(protestantismo calvinista)O filosofo enfrentou uma verdadeira batalha para mostrar que não era ateu, mas que apresentara uma nova concepção de Deus.
Spinoza sustentava que existe um sentido no qual as definições podem ser corretas ou incorretas. Uma definição confiável, ele afirmava, deveria deixar clara a possibilidade ou a necessidade, conforme possa ser o caso, da existência do objeto que foi definido. Portanto, uma definição correta é sempre verdadeira e a partir dessa definição se pode deduzir outras verdades; e por via de tais deduções é possível construir um sistema metafísico isto é, uma apresentação do mundo como um todo perfeitamente inteligível. Estava convencido de que cada aspecto da realidade é necessário e que toda possibilidade logicamente coerente deve existir. Portanto é possível demonstrar a metafísica dedutivamente, através de uma série de teoremas derivados, etapa por etapa, de conseqüências necessárias a partir de premissas auto-evidentes, expressas em termos que são auto-explicativos ou definidos com uma correção inquestionável. Porém tal método garante conclusões verdadeiras somente se os axiomas são verdadeiros e as definições corretas. Com este pensamento, voltou-se para o método geométrico à maneira dos Elementos, de Euclides. Sua obra prima, a Ética, foi escrita desse modo.
O que Spinoza quer dizer com prova geométrica é precisamente que, se aceitamos as definições e os axiomas dados, e desde que as deduções sejam corretamente feitas, então temos que aceitar as conclusões. Cada uma das cinco partes da "Ética", sua obra fundamental, abre com uma lista de definições e axiomas, dos quais são deduzidas várias proposições, ou teoremas. Porém, porque a Ética começa justamente com uma definição básica, a definição de "substância", que é aquilo que necessariamente existe, fica claro que, se rejeitamos sua definição de substância estamos rejeitando todas as deduções que ele faz a partir dela; rejeitando, portanto, todo o seu sistema.

PRIMEIRA PARTE DA ETICA: A IDEIA DE SUBSTANCIA (CAUSA DE SI), ATRIBUTOS, MODOS, ETERNIDADE E LIBERDADE.

Os temas trabalhados na primeira parte da ética são os que ele apresenta em suas definições, sobre a causa de si(a substancia,Deus), atributos(algo que existe por si e somente por si), modos(coisas produzidas pela substancia), assim como os conceitos de eternidade(ausência de tempo), liberdade(aquilo que não é constrangido por ninguém) , natureza naturada(tudo que resulta de todos os modos dos atributos) e naturante(Deus causa livre), esses conceitos .serão tratados aqui mais detalhadamente.

a) causa de si
Aquilo cuja essência envolve a existência (idéia de uma essência existente);
Proposição VII, XX
O ser é causa de si, portanto ele é livre e só pode ser sendo(aquilo que não precisa de outra coisa para poder existir)
Proposição IV, XVII ;
É absolutamente infinita e indivisível;
Proposição VIII, XIII
Possui infinitos atributos;
proposição XIX
É causa imanente não causa transitiva;
Proposição XVIII
Deus é a única substancia;
Proposição XIV
Tudo o que existe, existe na substancia;
Proposição XV
Não possui uma vontade absoluta, mas possui uma vontade potenciativa;
Proposição XXXIII, XXXIV
Portanto, aquilo, que não é causa de si é necessariamente condicionado existe e é concebido por outro, se trata dos modos pois:
Proposição VI: uma substancia não pode ser produzida por outra substancia(só existe uma substancia, cujas propriedades só podem ser entendidas a partir de seus infinitos atributos)
Proposição VII: a natureza da substancia pertence o existir(tudo que existe, existe na substancia-modos)
Axioma I: tudo o que existe em si ou noutra coisa(respectivamente substancia e modos). Deus é o ente absolutamente infinito que exprime uma essência e não envolve qualquer negação. Ontologicamente a substancia é o próprio ser primeiro, apto a existir em si e por si.Aquilo que é anterior e mais fundamental na ordem do conhecimento é por ser anterior e mais fundamental na ordem do ser interior ou essência.É aquilo que é eterna e imutavelmente ,aquilo que é, que pode ser pensado como tendo existência completamente independente e do qual todo o resto participa como forma e modo transitório.porque não pode ser explicada por outra coisa ela deve ser sua própria causa(axioma II), ou necessariamente existente(axioma VII).

b)atributos
Definição IV: Por atributo entendo o que o intelecto percebe da substancia como constituindo a essência dela.
Isso quer dizer que atributos são determinações de uma propriedade essencial da substancia, essa possui infinitos atributos(proposição XI)aquilo que existe por si e somente por si(proposição X), e também é a maneira pela qual a substancia pode ser entendida, nós percebemos apenas dois desses atributos: pensamento e extensão(eles podem mover a substancia), porém, ‘a ordem e conexão das idéias é mesma ordem e conexão das coisas’, portanto, substancia pensante e substancia extensa são uma e mesma coisa, compreendidas ora através desse ora através daquele atributo.

c)modos
A existência modal existe por outra coisa que não é causa de si,são as modificações da substancia, que os atributos sofrem, são as paixões, o mundo de modo geral, a natureza naturada, produzidas por ela, existem modos finitos(‘‘nós’’e a natureza de modo geral) e infinitos(não existe dependentemente,são imediatos, infinitos e ternos, porque derivam imediata e diretamente da própria natureza absoluta dos atributos- proposição XXI)
Proposição XVI: da necessidade da natureza divina devem resultar coisas infinitas em numero infinito de modos, isso é ,tudo que pode cair sob um intelecto infinito
Definição V: Por modo entendo as afecções da substancia, isto é, o que existe nutra coisa pelo qual também é concebido
Modo tem, portanto, sentido de acidente(afecções), se tratam, portanto, de sensações e eventos que só podem ocorrer na substancia.
Os modos não se separam da substancia, mas há distinção desses com relação a mesma, a substancia apenas os exprime, não se confunde com eles.

d)eternidade, tempo, duração
Eternidade: somente é aplicável à Deus(substancia),exclui a noção de temporalidade,diferentemente de eternidade, onde há presença de tempo.
Tempo :não tem realidade é modo de pensar,não se trata de anterioridade no tempo,nem de anterioridade ontológica, na medida que deus se produz, produz a totalidade das coisas(eternidade) e não se separa delas apenas se distingue delas(monismo)
Deus é visto como produtor (transcendente, não se separa do que produz) e não como criador (é separado daquilo que crea .
Duração: conceito correntio ao tempo reporta-se a natureza naturada, ou seja, tudo aquilo que resulta de todos os modos dos atributos de deus(coisas que procedem da natureza naturante- deus causa livre, deus produtor),noção de continuidade, sem começo e sem fim.
Proposição XXIX: todos os atributos de deus são eternos, deus não produz as coisas no tempo, mas produz na eternidade e não se separa daquilo que produz

e) vontade e liberdade
Vontade: termo de uma serie de ações e volições;
o desejo(força compulsiva, apetite instintivo) é diferente da vontade(idéias que pelo enriquecimento de associações resolveram passar para a ação)
Proposição XXXII: A vontade não pode ser chamada de causa livre, mas somente causa necessária
A vontade é sempre determinada por uma outra causa ;
não existe vontade livre, as necessidades de sobrevivência determinam o existente, o existente determina o desejo, o desejo determina o pensamento(a idéia de vontade) e a ação.
Liberdade:
Da natureza da substancia:
Deus atende uma necessidade de sua própria natureza,age conforme suas leis é um agir determinado pela natureza(explicação VII), ou seja, não se trata de uma decisão livre, mas de uma livre necessidade(aquilo que age por si só),aquilo que não é coagido por ninguém, não é uma propriedade entritesca do sujeito, mas um estado de ser.
Somente a substancia é livre
‘‘os homens pensam que são livres porque tem consciência de suas volições e desejos, mas ignoram as causas pelas quais são levados a querer e desejar’
Proposiçao XXVI, XXVII, XXXVIII,
Coronário I: que deus não efetua coisa alguma por liberdade da vontade

domingo, 7 de dezembro de 2008

A essencia do conhecimento:realismo,idealismo,fenomenalismo

A ESSENCIA DO CONHECIMENTO

2.Soluções metafísicas do problema
O caráter ontológico do objeto:Realismo,Idealismo Fenomenalismo

a)Realismo
É o ponto de vista epistemológico segundo o qual existem coisas reais, independentes da consciência

>Variantes do realismo
Realismo do senso comum(ingênuo):temos acesso ao objeto do conhecimento,as coisas externas estariam apenas espelhadas em minha consciência

Realismo natural:problematiza o problema como uma relação bipolar(sujeito-objeto),mas que é possível ter acesso ao objeto

Realismo cientifico(crítico):é preciso uma avaliação critica do objeto para acessa-la como se percebe o objeto
Ex:cor,sons,sabores,etc

Física:mesmo considerando que as qualidades sensíveis secundarias(aprendidas por um sentido),surgem apenas na consciência, pensa-se que essas tenham sido causadas por processos reais objetivos

Fisiologia:não percebemos de maneira imediata o efeito das coisas sob os nossos órgãos sensíveis,há todo um processo para que isso ocorra, primeiro as sensações se dão nos órgãos dos sentidos que enviam as informações para o cérebro

Psicologia:mostra que as sensações não constituem por si sós as percepções, há certos elementos na percepção que não podem ser vistos simplesmente como reações a estímulos objetivos(sensações), mas como acréscimos da consciência que percebe
.
>tese fundamental realismo critico
. Há objetos reais dependentes da consciência
Fundamentos para a tese
.ha diferença fundamental entre percepções e representações
Percepções- lidamos com objetos q podem ser percebidos por diversos,enquanto ao conteúdos das representações
Reprensentaçoes- só são percebidas pelo sujeito que as possui
.independência das percepções com respeito á vontade
As percepções são causadas por objetos que existem realmente,independentemente do sujeito
.A independência dos objetos de percepções com respeito as percepções,nessas ocupamo- nos de objetos que existem fora de nós q possui um ser real

CONCLUSAO :no realismo critico busca salvar guarda a realidade por vias racionais

>realismo volitivo
.A realidade não pode ser provada mas apenas experenciada e vivenciada
.as coisas não se comportam do jeito que queremos que elas se comportem
.a resistência que o mundo oferece ressalta a tese de que existe uma realidade externa

b)Idealismo
>tipos de idealismo:metafísico a realidade esta baseada em forças espirituais,em poderes ideais
Idealismo epistemológico – não há coisas reais independentes da consciência

>O idealismo considera os pretensos objetos reais como :
Os existentes na consciência (representações e sentimentos )
Os ideais (os objetos da lógica e da matemática)

>idealismos (subjetivo e objetivo )
Subjetivo ou psicológico (consciencialismo )
Toda realidade contem-se na consciência do sujeito .As coisas não passam de conteúdos da consciência
Berkeley - ser=ser percebido

Empiriocriticismo
Nada existe alem das sensações

Filosofia da imanência
Todo ser é imanente a consciência

Objetivo ou lógico
Toma como ponto de partida consciência objetiva da ciência
O conteúdo da consciência é uma soma de pensamentos e juízos(é um sistema de juízos)não absorve o ser das coisas, as coisas vivem a ser percebidas
Distingue o da do da percepção da percepção enquanto tal
Vê o objeto como produzido no pensamento

Panlogismo
Reduz toda a realidade a algo da natureza lógica

Intenção fundamental comum de ambos os idealismos
O objeto do conhecimento não é algo real, mas ideal
Toda realidade esta encerrada na consciência

>argumento da imanência
É contraditório pensar em um objeto independente da consciência, pois na medida em que pensa um objeto se faz dee conteúdo da consciência

O idealismo procura mostrar que a tese do realismo é contraria ao pensamento e que sua própria tese é contraria ao pensamento e que sua própria tese é estritamente necessária ao pensamento

c)fenomenalismo

não conhecemos as coisas como são mas como elas aparecem, as coisas não são tais como não a percebemos
são negados as coisas e deslocadas para a consciência as qualidades primarias(todas as determinações espaciais e temporais)
se baseia em certas formas e funções apriori (o que não provem da experiência)do entendimento
categorias ou conceitos superiores
esquemas modo de funcionar do raciocínio(não são conteúdos)são formas subjetivas do meu entendimento
lidamos sempre com o mundo das aparências
o mundo que aparece como base na organização apriori da consciência

Artigo sobre o ensino de Filosofia

ARTIGO FILOSOFICO

INDICE
1 o ensino de filosofia como experiência filosófica
2 a filosofia como procura da verdade
3 o que o verdadeiro filosofo quer de seus discípulos
4 as fronteiras do conhecimento
5 competências e habilidades para serem desenvolvidas em filosofia
6filosofia educação e ludicidade uma nova abordagem acerca do ensino de filosofia
7 conclusão
8referencias











Tema :como tornar o ensino de filosofia mais prazeroso
Resumo:esse artigo tem como meta abordar questões referentes ao ensino de filosofia no ensino médio com objetivo de colocar a idéia daquilo que seja a reflexão filosófica na tentativa de apontar melhores soluções para a pratica de ensino dessa disciplina ,como esse pode ser melhorado tornando seu desenvolvimento mais prazeroso para que possa haver motivação tanto da parte dos que ensinam quanto da parte dos que aprendem a arte do filosofar

Palavras chave:filosofia,educação,experiência filosófica,professor,aluno,pensamento autônomo,futuro da educação


1 INTRODUÇAO

O papel da filosofia nas escolas era,ate então,restrito por não existir uma lei que legitimasse a sua atuação nelas,e alem desse detalhe,em decorrência de fatos anteriormente ocorridos no pais(como o regime ditatorial por exemplo)essa disciplina teve seu papel praticamente anulado da realidade escolar,sendo,inclusive, substituída por outras disciplinas (como educação moral e cívica)para que não fosse efetivado o seu lecionamento.
Recentemente a filosofia ganhou seu lugar como disciplina obrigatória nos currículos escolares,o que teoricamente lhe possibilita seu aprimoramento e desenvolvimento,mais diretamente a pergunta é;Como dar aulas de filosofia para esses jovens e,alem disso fazer dessas um momento prazeroso?Como tentativa de solução desse questionamento esse artigo mostrara diversas vertentes nas quais os professores poderiam trabalhar para dar mais sustentabilidade e divertimento a seus alunos,

1 O ENSINO DE FILOSOFIA COMO EXPERIENCIA FILOSOFICA


O que é filosofia?mais do que nunca isso constitui um problema filosófico,pois há quem acredite que só é ‘‘possível o filosofar’’ ,porém,essa idéia kantiana deve ser vista como possibilidade e não como regra,ou seja não se deve restringir a idéia do ensino de filosofia.
‘‘filosofia é processo e produto ao mesmo tempo,só se pode filosofar pela historia da filosofia e só se faz historia filosófica da filosofia que não é mera reprodução’’(GALLO,Silvio p.198),ou seja,só se aprende a filosofar quando se aprende a filosofia d modo critico,devemos aprender a pensar por nós mesmos,eis o que queria dizer Kant com tal afirmação.
Hegel ainda afirmava que quando se conhece o conteúdo de filosofia não se apenas se esta aprendendo a filosofar mas que já esta filosofando propriamente,em suma,não se pode ensinar a filosofar sem se ensinar filosofia,mas qual a meta da filosofia?Devemos buscar a resposta em sua essência primeira.

2ª FILOSOFIA COMO PROCURA DA VERDADE
A filosofia par Karl Jaspers é a busca do saber e não a sua posse,ou seja,devemos ter em vista que os professores alem de educadores são também aprendizes,assim como seus alunos,portanto,todo aquele que educa não deve se considerar o detentor do conhecimento,não deve se achar o ‘‘sabe tudo’’ele deve ter em vista que o movimento é o gerador do conhecimento que por vez não se mantém cristalizado,evoluindo com o pensamento e a renovação constante das idéias,a própria caminhada da vida é uma eterna busca onde o conhecimento não e absoluto e as idéias são peregrinas.
Vê-se assim que a verdade não é propriedade humana ,é,na realidade,a falta de um conhecimento absoluto o que gera a abertura para a tentativa de compreensão do real,para a amplitude da diversidade expandindo-se e materializando-se.o professor de filosofia então deve ser aquele que direcionará de forma prazerosa e significativa seus alunos para a busca do conhecimento.

3 O QUE O VERDADEIRO FILOSOFO QUER DE SEUS DISCIPULOS
‘‘Paga-se mal a um mestre quando continuamos dele sempre a ser apenas aluno e porque não quereis arrancar de mim a coroa?[,,,]agora eu os ordeno que me percais e encontrardes a vos mesmos e somente quando ao todo me tiverdes renegado retornarei para vos’’(NIETZCHE,Friederich p,375)
Querer perder-se a si mesmo para depois reencontrar-se,pensar por si mesmo,associar conhecimentos adquirir autonomia no pensar sobre a própria idéia de pensamento no próprio pensamento desenvolvendo assim a sua capacidade de reflexão e é exatamente esse o papel do professor de filosofia; fazer com que esses o percam e encontrem-se a si mesmos ,pois só quando o aluno renegar seu mestre é que esse ultimo voltara a ter- se com o primeiro ‘‘passando a amá-lo com outro amor’’ pois todo bom mestre deseja ser superado.
Assim vemos em Nietzsche a idéia do pensar autônomo,a reprodução da idéia da frase que Sócrates adotara para si ‘‘ conhece-te a ti mesmo’’,mas também
Vemos paradoxalmente a idéia do ‘‘perder-se a si mesmo’’pois somente quando nos perdemos e passamos a reconhecer nossas próprias limitações.é que nos libertamos pois não estamos mais presos a convicções nos tornando assim abertos para o filosofar.

4 AS FRONTEIRAS DO CONHECIMENTO
‘‘Todo conhecimento comporta o risco do erro e da ilusão ‘’(MORIN,Edgar p.19),é assim que se inicia o primeiro capitulo da obra de Edgar Morin Os sete saberes necessários para a educação do futuro,onde ele destrinchará toda essa tese no decorrer de seu discurso,sendo assim dirá ele que a educação deve mostrar que não há nenhum conhecimento que não esteja em algum grau ameaçado pelo erro e pela ilusão,portanto o problema central é:omo trabalhar esse conhecimento sujeito a erros?
Diz Morin
‘‘Esse conhecimento ao mesmo tempo tradução e reconstrução comporta a interpretação o que introduz o erro na subjetividade do conhecedor,de sua visão de mundo e dos seus princípios de conhecimento’’.Vê-se ai o sujeito não como aquele que apenas traduz conhecimento,mas também como aquele que o reconstrói cerebralmente com base em estímulos advindos dos sentidos corporais nossa abertura para o mundo exterior a nós,portanto, observa-se assim que o que da valor ao objeto o seu caráter objetivo .É justamente essa construção feita por esse sujeito epistêmico que tenta conhecer e ao mesmo tempo produzir conhecimentos novos, é no processo mesmo de cognoscência que está comportado,necessariamente,o risco do erro e da ilusão.
‘‘As possibilidades de erro e da ilusão são múltiplas e permanentes aquelas oriundas do exterior cultural e social inibem a autonomia da mente e impedem a busca da verdade,aquelas vindas do exterior,encerradas as vezes no seio de nosso melhores meios de conhecimento fazem com que as mentes se equivoquem de si próprias e sobre si mesmas’’(idem p.32-33).
É o ‘‘calcanhar de Aquiles do conhecimento’’,é esse engano mental o qual todos nós estamos sujeitos ,tanto por conta dos meios externos (diferença cultural,social),quanto pelo nosso próprio pensar considerado ‘‘autônomo’’,autonomia essa que não existe totalmente,pois que nenhum sujeito forma-se a ai mesmo sem auxilio de outrem e da interação com o meio em que vive para que assim esse desenvolva a sua intersubjetividade o que torna essa realidade extremamente paradoxal e contraditória em si mesma.
Portanto,tem-se assim que o conhecimento não possui fronteiras nós que querendo ou não a criamos por conta de nossas limitações naturais por conta das razões acima expostas.nas palavras de Karl Marx ;‘‘Conclamar as pessoas a acabarem com as ilusões acerca de uma situação é conclamá-las a acabarem com uma situação que precisa de ilusões’’

5COMPETENCIAS E HABILIDADES PARA SE DESENVOLVER FILOSOFIA
Para desenvolver competências é preciso,antes de tudo,trabalhar por problemas e projetos,propor tarefas complexas e desafios que incitem os alunos a mobilizar seus conhecimentos e, em certa medida, completá-los. Isso pressupõe uma pedagogia ativa, cooperativa, aberta para a cidade ou para o bairro. Seja na zona urbana ou rural.Os professores devem parar de pensar que dar aulas é o ceme da profissão.Ensinar, hoje. deveria consistir em conceder, encaixar e regular situações de aprendizagem seguindo os princípios pedagógicos ativos e construtivistas. Para os professores adeptos de uma visão construtivistas e internacionalistas de aprendizagem trabalhar no desenvolvimento de competências não é uma ruptura. (PERRENOUD,2000)
Atualmente,mais importante do que o conteúdo são as competências a serem desenvolvidas pois elas são as que norteiam o foco de apresentação da disciplina em questão.
O desenvolvimento das competências em filosofia estão aqui resumidos em tópicos;
.> Representação e comunicação
a)ler textos filosóficos de modo significativo
b)ler de modo filosófico textos de diferentes estruturas
c)elaborar por escrito o que foi apropriado de modo reflexivo
d)debater idéias na sala de aula para desenvolver a argumentação
>Investigação e compreensão
a)articular conhecimentos filosóficos e diferentes conteúdos e modos discursivos nas ciências naturais e humanas nas artes e em outras produções culturais
>Contextualização sócio-cultural
a)contextualizar conhecimentos filosóficos tanto no plano de sua abordagem especifica quanto em outros planos,o pessoal bibliográfico o entorno sócio-político,histórico e cultural;o horizonte da sociedade cientifica e tecnológica.

6FILOSOFIA E EDUCAÇAO;UMA NOVA ABORDAGEM ACERCA DO ENSINO DE FILOSOFIA
Um dos maiores problemas que os professores e alunos enfrentam em seu quotidiano é a forma de como se trabalhar em sala de aula um conteúdo aparentemente complexo e,ao mesmo tempo,sentir prazer em ensiná-lo e aprende-lo.
Tentaremos aqui reproduzir a idéia da inovação,a idéia de uma educação voltada para o aprendizado lúdico,ou seja,o jogar,
Temos então teóricos como Viola Spolin que tentam exatamente firmar essas idéias em um método de divertimento,através dos jogos teatrais onde o professor passa a ter o papel de facilitador da aprendizagem.
O mais importante disso tudo é;a representação teatral deve ter como objetivo o aprendizado visando também o autoconhecimento e o aumento da criticidade encima dosa problemas que vivenciamos em todos os âmbitos de nossa existência.Vemos aqui que o lúdico pode proporcionar alem de diversão,conhecimento.podemos então com isso pegar a realidade entende-la e transformá-la pode ser uma das múltiplas formas de se trabalhar filosofia,vejamos o que diz o criador da peça didática Brecht ‘‘[...]sagrada cerimonial.ritual[,,,]espectadores e atores não devem aproximar-se mas sim estranhar-se de si mesmos,do contrario não ocorre o espanto,necessário ao re-conhecimento’’(BRECHT p.30)
Vemos aqui a própria gênese e a essência do filosofar,que se origina da admiração e do espanto (pathos)portanto,o espanto é por exelencia uma atitude primordial para se obter o re-conhecimento nas, palavras de Brecht,portanto todos temos que professores e alunos, atores espectadores de seu jogo tenderão estranha-se,anteriormente colocado nesse artigo em expressão Nietzcheana de “perde-se a si mesmo”, de não aceitar a primeira impressão,d investigar para conhecer,para reconhecer

7CONCUSAO
Concluímos ressaltando que temos como objetivo mostrar,clarificar idéias de professores e alunos para melhor trabalharem seus conteúdos filosóficos de maneira sadia e divertida,como diria o filosofo e dramaturgo Schiller ‘‘só se é verdadeiramente homem quando se joga,ou seja,só somos humanos quando nos voltamos para nós mesmos e nos perdemos para nos encontrarmos novamente ousaríamos pessoalmente em dizer que a própria vida eé um jogo ,não significando com isso dizer que a vida não deve ser levada a serio,mas que devemos aproveitar ao Maximo o prazr que essa nos proporciona,tendo sempre em vista as nossas limitações pois que para ser bem conduzida a vida precisa de regras pois todo jogar necessita das mesmas para uma melhor organização.
Enfim.filosoficamente falando não devemos apenas limitar a vida ao mero existir,devemos buscar ser mais,ir em direcionados para alem de nos mesmos dando razão para o nosso existir e ai a filosofia tem sua atuação para nos auxiliar na re-flexão(olhar para trás do grego reflectere)olhar para trás e direcionar o futuro,a educação do futuro.


REFERENCIAS
GLLO Silva “A especificidade do ensino de
filosofia” em torno dos conceitos IN piovision americo et Al filosofia ensino e debate

Nietzsche,Friederich,obras incompletas,são pulo,abril,1974 p 375(os pensadores,32)

MORIN,Edigar os sete saberes necessários para a educação do futuro

DORMIEN,Roudela (org) um vôo Brechtiano teoria e pratica da peça didática Ed Pespectiva

artigo sobre Wittgenstein

Atigo:A filosofia de Wittgenstein

Resumo: esse artigo retratara da filosofia de Wittgenstein ,mais particularmente da sua primeira versão,ou seja,como autor do trctatus lógico philosophicus,Será abordada aqui a sua visão de filosofia,linguagem e de mundo,bem como a sua concepção de analise e de lógica,desse que foi um dos principais nomes que influenciaram no pensamento do século XX.


Palavras chave;filosofia,analise,mundo lógica,linguagem







Sumary:that article Will portray of the Wittgenstein’s philosophy talk your first version or be,as author of the tractatus lógico philosophicus,Will be aproached your vision of the philosophy,language,here and of world well as your Idea and analysis and of lógica this men that one of the principal names that influenced in the thought of the century XX.

Works key; phylosophy ,analyzes,world ,logical,language















INTRODUÇÃO

Ldwing Josef Johan Wittgenstein cujo pensamento se divide em dois momentos,tomando rumos totalmente diferentes da sua idéia original exposta naquela que seria sua única obra publicada em vida,o Tractatus Lógico Philosophicus,onde acabara por desenvolver um pensamento totalmente baseado nos princípios da lógica .

Resumindo o tractatus podemos observar sete proposições das quais a obra tem como principal objetivo explicá-los eles são
1 O mundo é tudo que ocorre
2º que ocorre ,o fato,é o subsistir do estado de coisas,
3 O pensamento é a figuração lógica dos fatos
4º O pensamento é proposição significativa
5 A proposição é uma função de verdade das proposições elementares
6 A formula geral da função de verdade é {p,c,n( c )}
7Oque não se pode falar deve se calar.
Essa sua primeira obra deu origem ao neopositivismo (ou positivismo lógico) do circulo de Viena e da filosofia analítica influenciando o pensamento de filósofos como John Wisdom da Inglaterra.Suas outras obras retratam um ‘‘ segundo Wittgenstein ‘’ que repensa e critica e reformula as suas primeiras impressões acerca da linguagem ,essas ultimas obras posteriores ao tractatus ,deram origem a outra vertente de pensamento,estabelecida pela universidade de Oxford acerca da linguagem cuja desenvoltura assemelha-se com o a do estruturalismo desenvolvida posteriormente.














O QUE PODE SER MOSTRADO,MAS NÃO DITO;A FUNÇÃO DA FILOSOFIA PARA WITTGENSTEIN

A filosofia para Wittgenstein possui um sentido profundo:mostrar as raízes da perplexidade e o modo como as mesmas se acham vincadas no pensamento humano.
A tarefa da filosofia,portanto,será esta;ensinar aos homens apenas como ‘‘ver’’ as questões,pois a mesma não da conta de explicá-las,ou deduzi-las,mas somente ‘‘ por em vista’’ tais problemas,assim sendo a filosofia é apenas capaz de refletir o mundo ,mas não de enunciá-lo,de elucidá-lo não de traduzi-lo.
A tarefa filosófica é vista então como ‘’processo de clarificação do sentido de nossa experiência através do exame do uso da linguagem’’,cujo estudo produzira a imagem mais precisa do mundo,encontrando os limites da linguagem ,encontramos os limites do que pode ser perguntado e respondido em filosofia.



A CRITICA AOS PROBLEMAS FILOSÓFICOS

Para analisarmos essa questão,devemos observar a lógica do tractatus.O tractatus afirma que a linguagem figura a realidade ,o mundo,que se determina a partir de um elemento simples;o nome.
‘’O nome representa uma coisa,outro,outra coisa,e eles estão ligados entre si de tal forma que o todo,como quadro vivo,representa o estado de coisas’’.
Há ai,portanto,um paralelismo existente entre o real e a linguagem que representa esse real,a figuração que é dada como forma da realidade.
As sentenças pois hão de possuir a mesma forma da realidade que afiguram,mas embora uma sentença possa afigurar a realidade,ela não é capaz de fazê-lo com relação a ela própria,a sua própria forma,sua própria representação,o eu faria com que se precisasse de outra linguagem que


decifrasse a linguagem demandando o problema para o infinito,não solucionando-o.
Por conta desse fato é que Wittgenstein chega a conclusão de que,o problema da filosofia,todo ele,reduz-se apenas á distinção entre o que pode ser dito por meio de proposições,e o que não pode ser dito,mas apenas mostrado,podendo-se assim dizer que,a filosofia deve ser um exercício,dentro da linguagem

O PROBLEMA DA ANALISE

Wittgenstein concebe a analise como sendo a decomposição de proposições moleculares,a decomposição daquilo que se entende por existência de estado de coisas e reduzir esses ao que há de mais elementar;os objetos simples,ou seja ele parte do mais complexo para chegar ao mais simples assim facilita-se a analise da linguagem.
‘’É obvio que a analise das proposições deve nos levar as proposições elementares que consistem de nomes em combinação imediata.’’
Tudo isso para se excluir o que ele denomina de pseudo-proposiçoes (proposições falsas ou ainda contradições)para poder distingui-las das proposições verdadeiras(tautologias).Porem indo mais longe,ao ver de Wittgenstein ambas não se tratam,a rigor,de proposições pois uma é incondicionalmente verdadeira e a outra incondicionalmente falsa ambas não possuindo valor de verdade.assim as proposições mostram o que dizem,mas se forem tautológicas ou contraditórias focam vazias de sentido.
Paradoxalmente,enquanto a veracidade de uma proposição não é certa,mas apenas possível,a tautologia é dita como certa e da contradição como falsa,pois como podemos observar na filosofia desse autor tudo é acidental,o que nos remete a um indutivismo ou seja,tem-se aqui a idéia de probabilidade’’Só porque o sol nasce todos os dias não indica dizer que necessariamente ele nascera amanha novamente’’.
Assim segundo os princípios lógicos do tractatus, as proposições da lógica são apenas tautologias,nada dizem por não possuir valor de verdade.Porem,isso não significa dizer que elas não possuem qualquer sentido
‘’As proposições da lógica são tautologias isso mostra as propriedades (lógicas)formais da linguagem no mundo’’.Nesse sentido,a relação de vontade e aquilo que acontece no mundo só pode ser acidental.

A LINGUAGEM E A IMAGEM DO MUNDO

A linguagem,assim como uma imagem é a projeção da realidade,um enunciado é uma imagem da realidade ,uma representação da mesma.
Ora, o que é uma imagem?Uma imagem é uma representação de um fato,assim como uma frase escrita é a representação de um pensamento,que exprime a sua idéia de realidade ,porem enfatizando aqui representa somente a sua forma lógica é como se manifesta o cruzamento entre enunciado e realidade,somente através da linguagem que se explica os fatos do mundo determinado por esses mesmos fatos que constituem acontecimentos e que correspondem a relação existente entre os objetos do mundo.
‘’não posso subjugar os acontecimentos do mundo a minha vontade,sou completamente impotente’’o que nos remete mais uma vez a idéia da acidentalidade do mundo.o mundo é como é,determinado portanto o sentido das proposições deve ser também determinado para que possam representar o mundo e nessa idéia de mundo o sujeito não esta inserido pois o sujeito não é considerado como pertencente ao mundo,mas é considerado como limite do mundo,porem não determinante desse mesmo mundo ,pois que esse (o mundo),já é determinado ,sendo portanto o sujeito impotente para modificar o que quer que seja no mundo.,pode no entanto,elucidá-lo e representá-lo através da linguagem jê que essa é a forma pela qual se projeta a realidade.

UM ESBOÇO DO SEGUNDO WITTGENSTEIN: A GRAMÁTICA E A LINGUAGEM
A idéia wittgnisteiniana acerca do sentido gramatical da lingüística esta mais presente na sua segunda manifestação ,mais precisamente na sua obra as investigações filosóficas.Primeiramente,a linguagem já não é mais esta como uma mera representação.Segundo não se tratará mais ‘’da linguagem’’ mas sim de ‘’jogos de linguagem ‘’,nesse contexto,a gramática é definida como um conjunto de regras de uso que explica o significado do termo em diferentes jogos de linguagem do contexto que participa,diferentemente da tese exposta no tractatus,de que a linguagem esta unificada em uma única estrutura lógica-formal.
O primeiro Wittgenstein é portanto mais lógico e não permite a abertura de possibilidades para ver a linguagem enquanto algo que escape da mera idéia de representação,coisa que não é mais vista no pensamento do segundo Wittgenstein.

CONCLUSÃO
Dito tudo isso chega-se a conclusão de que a idéia de Wittgenstein é extremamente complexa por ser paradoxal como ele mesmo afirma:
‘’Quis escrever meu trabalho consistia de varias partes do que esta aqui,e de tudo que não escrevi.E precisamente essa segunda parte é importante[...]Em suma,eu penso;resolvi todas essas coisas sobre as quais tanto andam tagarelando,hoje em dia ao permanecer calado diante delas’’.
Deve-se usar apenas as proposições como degraus,para poder-se ir para alem delas,o próprio Wittgenstein tratou de jogar fora a escada pela qual subiu.
Vê-se assim que ele designa um papel para a filosofia,mas observa a sua transcendentalidade,ele reconhece o mundo como algo determinado,mas observa a sua acidentalidade reconhece o homem como sujeito,mas o observa como limite do mundo também admitindo de certa forma a transcedentalidade do sujeito e por fim,a linguagem que é definida como mera representação é vista depois como algo que transcende a idéia da pura representação dos fatos.
E tantas outras falhas e contradições existentes no seu pensamento ,por vezes limitado,como o pensamento de todos nos por mais lógico que seja
’OS LIMITES DA LINGUAGEM SÃO OS LIMITES DO MEU MUNDO ‘’,e dessa realidade nenhum de nós escapa,pois o próprio Wittgenstein reconhece que há coisas que escapam a linguagem,coisas que a linguagem não pode expressar começando pela sua própria inexpressividade já que ela não pode expressar-se a si mesma.termina-se essa conclusão com os seguintes dizeres:
‘’do que não se pode falar deve-se calar’’.











REFERENCIAS
WITTGENSTEIN Ludwing ,Coleção os pensadores 2 ed são Paulo:abil cultural 1979
WITTGENSTEIN,Ludwing,iractatus-logico-philosophicus Ed edusp1994